hã?

As palavras são como as cerejas na boca da minha Pitoca

Ela: mãe, tu enganaste no caminho?
Eu: não. Porquê?
Ela: porque às vezes tu enganas-te.

Ela: estás contente?
Eu: estou sim, porquê?
Ela: porque eu de manhã calcei os meus sapatos e tu pensavas que eu ainda estava descalça.
Eu: pois foi filha.
Ela: tu ficaste muito contente.
Eu: estás contente tu?
Ela: estou, mas eu queria que tu fosses buscar-me cedo a casa da avó.
Eu: não consegui.
Ela: estás feliz agora mãe?
Eu: estou. Olha, tenho uma filha que eu amo, um marido que eu amo, uma casa, um carro, familia, e tudo e tudo, por isso estou muito feliz. Sabes só o que me falta? Um bebé.
Ela: na tua barriga?
Eu: sim.
Ela: hum, eu vou arranjar-te um.
Eu: hã? onde?
Ela: no mai (leia-se mar, mas eu só decifrei com o seguimento), num peixinho. E queres com cabeça ou sem cabeça?
(Esta eu não entendi)
Eu: com cabeça, claro.
Ela: grande ou pequena?

Eu: olha obras! Será que é o gás? era tão bom que fosse o gás e que fosse para a nossa rua também.
Ela: era bom era, assim já não tinhamos que comprar mais gás.
(Estou sem palavras)
Ela: assim o nosso chuveiro não dava mais água quente, água fria, água quente, água fria. E a luz também.
Eu: a luz? Mas nós temos luz em casa.
Ela: mas anteontem (descobriu recentemente esta palavra) não havia luz e eu chorei.

Uff.
Esta viagem foi de cerca de 2 km.
Imaginem numa viagem de 200 ....

Galarolada

A Pitoca não é muito de ver desanimados, gosta da "buinks", não mais que 5 minutos, é viciada em Noddy, e para além disso pouco ou nada a prende, só mesmo de manhã enquanto bebe o leitinho deitada na cama da mamã.
Pois é, além de Noddy, ela vibra mesmo é com: a Familia Galaró!
Agora pergunto eu: O que é feito da Familia Galaró?
Dava no canal 2 a horas que a rapariga podia ver. Passou a dar na Sic muito mais cede e entre desenhos animados que de animação pouco ou nada tinham.
Agora acabou-se.
Nós ainda não temos cá em casa nenhum DVD, temos o CD e é muitas vezes o disco para adormecer.
Para ser franca ela adora os galarós, mas eu também.

Ajuda de Berço

E porque nem só de piadas e aventuras vivemos, e porque há quem precise de algo mais para além de brincadeiras, e porque nem todas as crianças têm Blogs, e porque nem todas as crianças são tão mimadas como as nossas, aqui vai um pedido de ajuda.
Com um pequeno donativo podemos oferecer 2 sorrisos, um sorriso às nossas filhas e outro às filhas de outras mães.
Não custa nada, eu já ofereci os meus 2.
Visitem e encomendem.

Provas concretas do aquecimento global

Novo espaço

Resolvi abrir um outro espaço de lazer.
Um espaço que não gire em torno da Pitoca e que por sua vez deixe o espaço da Pitoca livre de Mim para aventuras só dela.
Ando a pensar nisso, e ainda não sei para quando será a inauguração, mas prometo faze-la com pompa e circustância, uma inauguração à maneira com acepipes e ginger ale.

O Golfinho azul**

Era uma vez um golfinho bebé, todo azul com uma estrelinha branca na cabeça, que era muito distraído e aventureiro mas, no entanto, muito meigo e brincalhão.
Vivia numa ilha tropical com a sua família.
Um belo dia, sentiu-se cansado e triste. Afinal naquela ilha, cheia de plantas e corais de todas as cores, não acontecia nada que o divertisse.
Desanimado adormeceu.
Ao sabor das ondas, foi-se afastando tanto que nem deu conta que estava a perder-se dos seus pais e amigos. De repente, ouviu um barulho estranho e acordou assustado. Curioso foi espreitar mais de perto e encontrou um pequeno barco à deriva com dois meninos a bordo, que ao vê-lo ficaram imóveis. O que era aquilo?
-Estou assustado! – Disse um deles.
-Também eu! – Respondeu o outro.
-Estamos perdidos, não sabemos dos nossos pais e ainda encontrámos este animal tão estranho!
-Será que nos vai fazer mal?
-Acho que sim! Eu já ouvi falar destes animais comilões que engolem tudo inteiro! -Mas não te preocupes porque ás vezes eles têm muita tosse e devolvem inteiro tudo aquilo que engolem!
O golfinho ao ouvir a conversa exclamou:
- Não tenham medo, eu quero ser vosso amigo.
- Não sou esse animal perigoso que vocês estavam a falar, eu sou azul e tenho uma estrelinha branca na cabeça.
O outro animal de quem vocês têm medo, é a baleia, é muito maior do que eu.
- Baleia?????????????.
- E tu, como te chamas?
- Não tenho nome, e isso deixa-me um pouco triste!
- Não pode ser, nós vamos dar-te um nome:
- Vais chamar-te ESTRELINHA.
- Que lindo! É lindo! - E rodopiou de contente!
- Estou muito feliz! Gostava que ficássemos sempre amigos!
- Nós também!
- Gostava de vos agradecer pelo lindo nome que me deram. Posso fazer alguma coisa por vocês?
- Sim, nós andamos perdidos…
- Será que nos podias levar até aos nossos pais?
- Com muito gosto! - e lá foram todos contentes para junto das suas famílias e amigos.


** Esta história foi oferecida por uma Amiga (que deixa beijinhos com sabor a Algarve). Obrigada

A propósito da "mais bela bandeira"

No fim do telejornal apareceu a "mais bela bandeira".
É realmente uma bela bandeira.

Ela: é a bandeira do Portugal?
Eu: sim, e são só mulheres, estão vestidas com camisolas das cores da bandeira, são muitas e fazem uma bandeira muito grande, é por causa do futebol, da nossa selecção.
Ela: e vai dar xutebol agora? eu queria ver a folibela.

Eu: a tua cadeirinha?
Ela: di calhai tá lá fora.
Eu: deve estar é molhada.
Ela: então tens que limpai.
Ela: então? já tá secada?

As nossas conversas

Eu: Esta casa devia era ser nossa. (ao passarmos ao pé de uma moradia espectacular)
Ela: Nossa e do papá.
Continuamos.
Eu: Bem!!! Esta casa é que devia ser nossa, esta mesmo.
Continuamos.
Eu: Não, não. Esta é que devia ser nossa, olha-me este jardim, dava para ter um parque e uma piscinona.
Ela: Ó mãe, queres todas?

Continuamos pela estrada fora e ficamos paradissimas nos semáforos.
Ela: Mãe, porque é que não andas?
Eu: Está tudo parado.
Ela: Ah! E porque é que vieste por este caminho?
Eu: Olhga porque eu pensei que era mais rápido afinal esta gente não anda.
Ela: São uns totós é o que é.

Lá consigo chegar à rotunda.
Ela: A mãe conseguiu
A mãe é muito linda
E tem uma menina
Que chama joaninha
Isto a cantar.
Ela: Olha mãe, linda e joaninha! até parece palavras novas.
Eu: Não são palavras novas, é um verso que rima, mais ou menos.
Ela: Ah! pode ser, mas parece à mesma palavras novas.

Ela lá deve ter um significado para isso.

Wish List Nº 1749554/maio/06

Eu

Os meus acessórios

Depois da dieta

Autobronzeador? Solário? Praia?

Resposta ao desafio

Ao desafio que anda por aí e que me foi proposto por este menino, finalmente consegui ponderar bem para responder

1 - Que farias se fosses 1º Ministro?

Acabava logo com as quotas de mercado para a produção de leite. Onde já se viu aplicar multas porque as nossas vaquinhas são muito leiteiras?
Assim de repente só me passam medidas malucas pela cabeça e não as posso publicar porque num babyblog parecia mal.

2 - Se ganhasses o Euromilhões que farias ao dinheiro?

Para além do normal que todo o pobre deseja, comprava uma ilha e mais não digo.

3 - Se te caísse nas mãos a lâmpada do Aladin, que farias? Que desejos pedirias?

Quantos desejos posso pedir?

4 - Se o mundo acabasse às 23h59 que farias até lá?

Tomava uma caixa ou 2 de Xanax para estar a dormir nessa altura.
Umas horas antes agarrava-me à minha filha aos beijos (acho que a comia para nunca mais sair de dentro de mim)

5 - Se tivesses um filho sem saberes como, sem razão nenhuma que farias?

Sem saber como, como? Eu acho que já sei fazer um filho, não estou completamente certa, mas a primeira vez saiu-me bastante bem, como sou “gaja” saberia logo que o filho era meu portanto não fazia nada. A questão está em saber se comunicaria ao “pai”.

Passo o desafio, porque acho que se deve passar, a:

Mais dia menos dia

Blossom

Piquinota

Reborn

Já chega e depois avisem-me.

;)

Coisas de genes

Estava aqui a pensar nas minhas primas.
Tenho 3 primas, irmãs.
Chamam-se: S.1; S.2 e S.3

A S.1 e a S.3 vestem-se de preto.
A S.2 comprou uma casa cor-de-rosa.

Onde é que os meus Tios se enganaram?

Quando quero consigo ser uma pessoa bastante irritante, no entanto sou muito irritável.
Das várias coisas e situações que me irritam as rotundas conseguem tirar-me do sério.
Não gosto de rotundas porque não gosto de andar às voltas.
Não gosto de rotundas porque não sei andar nelas.
Não gosto de rotundas proque supostamente quem vem da direita tem sempre prioridade mas acaba sempre por entrar primeiro na rotunda quem vem da nossa esquerda. Fico baralhada.
Também há os espertinhos que que ainda sabem menos que eu andar numa rotunda e vão sempre na faixa mais à direita e não saiem. Só atrapalham.
Mas para além das rotundas que me irritam bastante, o que também me irrita são as autoestradas. O trânsito ou a ausência dele.
Sou só eu que reparo ou também já repararam na forma como se circula numa autoestrada?
Vai tudo na faixa da esquerda quando o que o código da estrada diz que se deve circular o mais à direita possível. Ok, já entendi, não deve ser possível. E quando vão a fazer pisca? Ai que irritação.
É isto que não entendo.
Nas rotundas circula-se o mais à direita possível já nas autoestradas andam o mais à esquerda possível.
Quando eu tiver o meu Touareg vão ver como é.

Wish List Nº 1749553/maio/06

É por causa disto que eu trabalho que me farto.







Mas não podendo ser eu contento-me com isto.

Se estiver errada digam-me

Os lucros da maternidade:

Para além da criança ganham-se alguns kilinhos extra.

Vou começar a dieta dos 13 dias...

Sobremesa para o Fim-de-semana

Gelado de Abacaxi

Ingredientes:
100 g de abacaxi (duas fatias médias sem o centro)
1 chávena (chá) rasa de leite
1 ovo
2 folhas de gelatina branca
2 colheres (sopa) açúcar

Modo de preparação:
Cozinhe o abacaxi na água. Depois de cozido, passe por uma peneira não muito fina. Coloque o leite, a gema, a gelatina picada numa panela e leve ao lume. Mexa até a mistura engrossar. Depois de frio acrescente o caldo do abacaxi com a clara em castelo e o açúcar. Misture levemente, coloque em forminhas no congelador.

Sugestões:
Pode substituir-se o abacaxi por duas maçãs médias ou 20 morangos.
Também se pode "inventar".

Mãos à obra com a criançada e toca a divertir.

Não tenho tido tempo para novas aventuras, visitas e comentários nas páginas das e dos nossos amigos bloguistas.
Prometo que na próxima semana passo nos vossos cantinhos todos e deixo um comment.
; D

A criançada

«-- O primo D.


A Pitoca ----»

Primo D.

Conversa dele para não terminar o jantar:

Ele: Não me apetece mais que eu estou muito cansado.
Eu: Cansado? De quê?
Ele: De trabalhar na minha escola.
Eu: Na tua escola? E que trabalhos fizeste tu hoje? Estiveste a pintar?
Ele: Não. Trabalhos de números.
Eu: Hum. E onde é a tua escola?
Ele: É muito longe. É lá ao fundo ao pé da casa da avó M.
Papis: Tu és um tangoso D.
Ele: Sou.

P.S.: ele nem sequer anda na escola... e nem sabe o que é tangoso, claro.

E se fossem 2?

Como já tinha dito ontem o primo D. veio dormir a nossa casa.
Chegou e foi direitino com a pitoca para a banheira.
Banheira cheia de água e miudos lá para dentro.
Antes disso tirei tudo, shampoos e amanciadores, gel de banho, sabonetes, cremes, tudo o que estava na banheira, para cima da bancada do lavatório. Ficou só 1 esponja e uns brinquedos.
Vim a correr meter o peixe-espada no forno para grelhar, o arroz estava pronto e o feijão branco também. Ainda meti os pratos na mesa e fui fazer uma chamada telefónica (motivo: trabalho) enquanto eles supostamente se molhavam e brincavam na banheira.
Há que explicar que são ambos da mesma idade: ela 10/04/2003; ele: 10/06/2003, portanto quase gémeos.
Virei o peixe e pedi ao papis que fosse ver se estava tudo bem enquanto acabava de pôr a mesa.
Fui lá acima para ajudar.
Entrei na casa de banho e o chão estava um bocado molhado, o papis estava a acabar de lavar a pitoca enquanto o D. nadava. Olhou para mim e disse:
- Tu por acaso tiraste tudo da banheira?
- Tirei.
- E o broncoliber? É que eles estavam a beber cházinho. O frasco está vazio...
A pitoca disse logo que não foi ela.
O xarope estava em cima da bancada...
Ok. Era muito pouco, nos próximos tempos não tem tosse.
Enquano o papis limpava a miuda eu lavei o rapaz. Ficou ele a secar-lhes o cabelo.
Vimos para a mesa.
Sopa. Fita. Brincadeira. Copos de água entornados. Castigo, sopa sem copo de água. Choro. Ela quer ganhar mas ele acaba a sopa primeiro. Choro.
Peixe. Só com arroz, feijão não, blhac.
Ele levanta-se a meio do jantar, ralho, senta-se e diz:
- Posso sair da mesa? Não quero comer mais que estou muito cansado.
Ela diz que também não tem fome.
Com alguma conversa lá acabam por comer tudo. Bebem uma daquelas frutas novas, ara ser ais rápido e pratico que nós também precisamos de paz na mesa.
Vão ver a Floribela. Ele aborrece-se rápido. Ela chateia-se porque quer ver e ele não deixa.
Cama. Lavar dentes, xixis, fradas. Fita.
Ela quer que ele durma na cama com ela, diz que se encosta às grades. Há choro, refila, ele ri.
Deitam-se finalmente.
Como sempe o papis ainda tem que ir ao quarto 2 vezes. Depois fui eu porque o D. me chamou, queria fazer xixi. Já tinha feito na fralda, resultado muda fralda, limpa rabo, volta a deitar, mas quer água. Ela também quer xixi, já fez também, muda fralda, limpa rabo, quer água também e deita-se.
Ralho, se oiço mais um piu o D. vai direitinho para casa dele sem pasar na casa da partida.
O papis ainda volta mais uma vez lá acima, o D. já dorme, mas ele que miminhos.
Finalmente ficamos sós, mas com isto já são 23h. Vou deitar-me.
Hoje a alvorada foi às 8h30m.
Ela acordou e começou a chamar o primo, depois chamu-me a mim, o primo acordou e saltou para fora da cama (cama portátil) e disse:
- Eu vou chamar a tua mãe, espera.
Vão beber leitinho e comer umas bolachas. Desenhos animados.
Lavar, vestir, mas antes disso ainda há tempo para "destruir" o quarto.
Vamos apanhar ar,beber café, brincar um bocadinho no jardim antes de ir embora.
Há fita para sair de casa, ele quer levar o carrinho das compras, eu digo que é melhor não porque vamos a pé, há carros, é perigoso, mas ele diz que me dá uma mão e a outra agarra o carro. Consigo convencê-lo a deixar carrinho dentro do meu carro. Depois do café vamos ao jardim.
Correm, gritam, cantam. Ele quer xixi, rapaz não é grave, ela também.
Ok, agora vamos embora.
Ufff.
É cansativo mas a viagem é muito engraçada.
É giro ouvir as conversas dos 2. É giro ouvi-los a cantar. É giro ouvir as gargalhadas dele com as macacadas dela.

Balanço:
- WC completamente molhado, toalhado, pijamado.
- Quarto comletamente desarrumado, pintado, engarrafado (de camas).
- Cozinha completamente espalhada
- Sala na mesma.
- Ele muito obediente (aqui em casa).
- Ela muito fiteira (aqui em casa).
- Ele sempre a rir.
- Ela sempre a chorar.

Se fossem 2?
Eu vou-me mentalizando que se fossem 2 estavamos habituados e organizados para isso, que os hábitos e costumes seriam diferentes. Mas e com que diferença de idades?
Tou arrasada.

Se eu fosse....

.... uma música de José Cid, seria....





Você é Cai Neve Em Nova Iorque: você é daquelas pessoas com uma sensação constante de que falta sempre alguma peça no puzzle…. Inconformado com a vida e com as voltas que ela dá, gosta do seu espaço e preza manter-se isolado.


Vi isto na página da Tia e não resisiti.
Já agora aproveitem e passem por lá para se divertirem.

Ontem o primo D. veio dormir a nossa casa.
Apercebi-me (embora não fosse a 1ª vez) do que seria ter 2 filhos.
Quando tiver tempo explico, porque este post é só para reproduzir a conversa deles hoje no carro a caminho de casa da prima S.

Ela: D. és do Sporting ou do Benfica?
Ele: Eu? Humm; humm; humm;
......
...........
Ele: Eu sou do Pingo Doce.
Ela: Ahh!


Eu: Vamos pela marginal para ver as praias, o que acham? Está um lindo dia e deve estar lá muita gente.
Ele: Boa, boa, fixe, vamos à praia.
Eu: Não D. vamos passar ao pé da praia, mas não vamos à praia.
Ele: Porquê?
Eu: Porque não temos fato-de-banho, nem toalhas...
Ela: Nem baldinhos e nem pázinhas, pois não?
Sempre senhora do seu nariz esta minha pitoca.
Ele: Esqueci-me da toalha, que chatice!!


Pela marginal e por causa do calor abri-lhes as janelas, mal pensado (o papis vai já dizer que a mãe nunca prevê as situações para as evitar), mas continuando, vinha a miudagem a contar o nº de praias e a pitoca ao pé do forte perde o chapéu que voa pela janela, vinha na palhaçada, é o que é.

Ela (aos berros): Pára pára pára, o meu chapeuzinho, mãe o meu chapeuzinho.
Eu: Onde está?
Ela: Foi parar ali atrás.
Eu olho pelo espelho e lá vejo o chapéu no meio da estrada a ser atropelado pelos carros que vinham.
Eu: Olha paciência. Tivesses cuidado.
O pranto dela de tal ordem que resolvi não ralhar naquele momento e conversar com ela sobre isso mais tarde. E lá fui dizendo:
Eu: Deixa lá o chapéu. Pronto!
Ela: Mãe ou páras já ou tens que ir dar a volta.
E gritava, chorava.
Eu: Deixa lá a mãe compra-te outro.
Ela: Não quero, quero o meu chapéu, aquele. Dá a volta. Estás a ir embora e agora vão roubar-me o meu chapeuzinho. Nunca mais dás a volta.
Eu olhei pelo espelho e vi-a tão triste, chorosa e de mão na cabeça que resolvi dar a volta.
A viagem foi mais cara que um chapéu novo, de certeza, mas a alegria dela valeu o esforço.

Dois filhos? E com que intervalo?

Cafés Nicola

Já repararam como beber café Nicola se tornou divertido?
Ontem fui tomar um café enquanto esperava por uma Cliente (soa mal mas é mesmo verdade) e deliciei-me a ler os pacotes de açucar.
Roubei alguns para os transcrever.
Passo a citar:

"Portugal tem mais de 40.000 restaurantes, 5.000 bares e discotecas e cerca de 10 milhões de habitantes dos quais 1/3 são solteiros!"
Não fique aí a dormir.

"Portugal tem mais de 500 praias, 5.000 restaurantes e esplanadas, e 1001 formas de cozinhar bacalhau"
Não fique aí a dormir.

"A Claudia Schiffer, a Cindy Crawford e a Kate Moss foram descobertas enquanto se divertiam na noite."
Não fique aí a dormir.

"Dizem que anda por aí um realizador de cinema à procura de novos talentos."
Não fique aí a dormir.

"Por cada aula de ginástica que falta, há 3 colegas que ficam com ar mais novo que você."
Não fique aí a dormir.

Eu até já tenho resposta...
Eu janto muitas vezes fora, como pouco bacalhau e quase sempre das mesmas formas, praia é a mesma de sempre, e por acaso eu já sou casadissima e adoro.
Já não me divirto na noite como gostava, mas atenção senhores realizadores eu ando sempre por aqui, façam o favor de abrir os olhos. Alguém anda a dormir.
Tenho que me inscrever num ginásio...

Traumas de infância...

... quem os não tem?

Acho que a nossa geração (30/40) teve uma infância privilegiada.
Senão vejamos, todos nós brincámos na rua, andava-se de bicibleta, jogamos à macaca, ao elástico e outros.
No entanto e apesar de sido uma infância cheia de ar puro, joelhos esfolados, cabeças partidas, também tivemos os nossos traumas.
Os desenhos animados por exemplo, a doce e inocênte Heidi, quem não se lembra da Heidi e o seu amigo Pedro, a rebolar pelos prados verdinhos, a neve nas montanhas, mas nem tudo são rosas, pobrezinha, que vai para frankfurt para casa da Clarinha que é muito linda, entrevada (se fosse hoje seria paraplégica) e que guarda os pães para levar para a avózinha do amigo. Muito chorei eu com pena daquela menina. E o Marco, quem não se lembra do querido Marco, que morava ao pé de um porto Italiano, a mãe vai trabalhar para o estrangeiro, e deixa-o com o seu macaquinho. Ainda hoje a imagem do Marco com o macaquinho no ombro e o vento a abanar-lhe a roupa me atormenta, a berraria, o choro da própria musica, ele a dizer: vais-te embora mamã, não me deixes aqui, adeus mamã, pensaremos em ti.... isto eram os nossos desenhos animados. Hoje são todos manga. Nós tinhamos o Vasco Granja com os desanimados de leste, com a Pantera Cor-de-rosa, e os nossos filhos têm o Sangoku, o Doraemon o gato cósmico.
Também tivemos bons momentos, por exemplo o Verão Azul.
Falo por mim em relacção aos traumas dos desenhos animados.
Agora o meu grande trauma de infância, o meu grande desgosto foi mesmo não ter tido uma bicicleta.
Não tive direito a bicicleta por causa da minha irmã mais velha. Ela teve uma que deixou estragar. Lembro-me muito bem da bicicleta dela. Era verde escura, tinha um grande banco, com costas e tudo, almofadado, mas estava cheia de ferrugem por ter ficado guardada na varanda e por ela não lhe ter dado o devido uso.
Eu gostava muito de ter tido uma bicicleta, mas não tive.
Cresci com essa falta.
Quando mudei de casa, e porque o papis sabia que eu queria uma bicicleta e a nossa casa tinha espaço para guardar uma, fomos comprar.
Comprámos 2 bicicletas. A minha é linda, branca, tem não sei quantas mudanças mas eu ando sempre na mesma, não tem campaínha mas eu digo "pi-pip", nem cestinho mas eu levo uma mochila. A dele é azul.
É não, era.
Claro que isto não foi ontem. já lá vão uns anitos, 4 ou 5.
Durante estes anos ele tornou-se um apaixonado por BTT. Eu tenho a minha arrumadinha, toda desmontada, no sótão. Está desmontada não vá eu ter a infeliz ideia de me montar e começar a andar. Está no sótão porque o espaço afinal não é nem grande nem viável para arrumar bicilcetas, e ele já não tem 1 mas 2. Eu não ando porque afinal os bancos de hoje não são iguais aos bancos da minha infância, magoam (acho que não é banco, tem outro nome mas agora não me lembro).
O meu trauma de infância é o meu trauma de adulta.

Dicionário

Mais palavras que me fui lembrando e não só.

Camasento = casamento
Conzuir = conduzir

O circo das ceblidades tem lá ilifantes e cavalos.

antes que me esqueça - parte IV

Ora aqui vão mais umas palavinhas bem ditas pela minha pitoquita:

cotolixo = caixote do lixo
retido = derretido (para o chocolate)


Estamos na sala a ver os desanimados (ela) e a actualizar o blo (eu).
Está a dar uma música e ela pede-me ara eu por maisalto e diz:
Ela: mãe põe mais alto para ouvires a musica das buinks (Winx) para aprenderes.
Eu: mas eu não consigo decorar assim.
Ela: mas aprendes e depois cantas e ensinas-me.

Quando acaba:

Ela: ouviste mãe? agora diz-me lá como é.
Eu: sei lá eu como é a musica, não me lembro.
Ela: tu também nunca sabes nada.
Eu: mas a musica é dificil.
Ela: mas eu disse-te para ouvires.

Agora está ali no sofá de cara amuada.
O que é que faço??????????? Deve haver por aí algures a letra para eu aprender.

Depois da escola

A caminho de casa tivemos que parar porque o caminho estava fechado:

Ela: eu gostava de ter um carro destes com uma cadeirinha mãe.
Eu: hã? para ti?
Ela: não mãe, para ti.
Eu: tens certeza? e conduzo eu?
Ela: sim, mas eu vou sentada numa cadeirinha, pode ser?

Agora digam-me o que acham...

Mas a conversa não termina aqui.

Ela: acho que o Miguel já não é meu namorado.

Eu: porquê?

Ela: porque ele agora foge de mim

Eu: foge? e tu não lhe dizes nada?

Ela: eu disse assim: Miguel não fujas de mim porque tu és o meu namorado, e ele diz assim: hã?hã?hã?

Eu: pois... (como devem perceber fico sem palavras)

Ela: o Martim também não pode ser meu namorado porque me faz maldades, o Vasquinho também não.

Eu continuo a pensar no que lhe dizer.

Ela continua: só se for o Duarte... ele agora já não me faz maldades.

Eu acabo por ter que dizer qualquer coisa e digo: Acho bem.

Acho que não fui de grande utilidade, mas tadinha, afinal o namoro já tinha vários meses.

Amuei

Vou embora...

E porque me falta o que escrevinhar....

"O cérebro é o aparato com o qual nós pensamos que pensamos"

Abram Alas

Fomos ao Noddy.

Vestimos Noddy.

Já se tinha comido Noddy nos anos.

Já se jogou Noddy.

Pinta-se Noddy.

Lê-se Noddy.

Pra dormir ouve-se Noddy.

Antes do jantar vê-se Noddy.

Resumindo:
Aqui em casa brinca-se, vive-se, respira-se Noddy.
Ela adorou!
Eu .... bem.... eu confesso ... vamos repetir.

Não há-de a miuda ser como é ....

Vou ser Tia

Estou muito contente.
Vou ser tia.
Não, não vou ser tia pla 1ª vez mas sim pela 5ª vez.
O sobrinho/afilhado tem 19 anos e já está na faculdade, tem carta de condução, namorada, e tudo o que um rapaz de 19 anos tem e faz.
Era lindo, parecia um princepezinho, loirinho, pequenino e rechonchudo (não era gordo, era fofinho). Amo-o como se fosse meu filho, tanto que nem sei.
O irmão tem 16 anos. É enorme, tão giro que só visto, charmoso. Tem imensa piada mas nenhum sentido de humor, se é que me percebem. É o meu dunguinha, ou seja, o meu outro filho.
Estes são os meus sobrinhos de uma das minha manas (a tia S.).
O outro sobrinho também já tem 16 anos, mas perdi 10 anos da vida dele (mas isso é uma história para um post próprio), é um belo rapaz, alto, magro, doce, com uma postura muito particular. Um amor o meu sobrinho filho da minha outra mana (a tia A.).
E vão 3 x tia.
Depois vieram as gémeas. Um espectáculo. 2 de uma só vez.
Eram tão pequeninas, uma com 1.980 ou 1,890 e com 38 cm e a outra com 2,010 e 40 cm (a minha cunhadinha que me perdoe se não sou fiel, mas já lá vão 7 anos e não tenho certeza dos pesos e medidas).
Bem, elas eram uma coisa deliciosa como devem calcular.
Cresceram e cresceram, já têm 7 anos, são umas senhoritas, lindas, uma de cabelo escuro e olhos azuis, da cor do céu, a outra mais pró ruivo e também com uns olhos azuis lindissimos.
São as nossas meninas, filhas do mano do papis, o tio R.
E vão 4 vezes tia (se bem que conto já com 5 sobrinhos).
Mas agora é diferente.
Diferente porque é a minha outra cunhada do outro mano do papis. Diferente porque eu gosto tanto deles que é dificil expressar. Diferente porque é uma nova tentativa e estou a torcer para que corra tudo bem.
Diferente porque os meus cunhados são diferentes. São especiais.
Ele é o padrinho da pitoca, foi escolhido por mim no dia que eu soube que uma das minhas amigas estava grávida. É estranho? Não, não é estranho, nesse dia eu pensei que se um dia eu tivesse um filho o padrinho era o M. porque naquele momento foi precisamente a primeira pessoa de quem eu me lembrei. Lembrei-me de quando comecei a namorar e trabalhava numa loja de brinquedos e ele me chamava barriguitas (provavelmente ele nem se lembra disso) e que eu tomava isso como um miminho dele, embora nunca tenha pecebido como é que eu podia ser uma barriguitas tendo apenas 45 kg, enfim, mas desde sempre eu gostei do meu cunhado, gostei é pouco, desde sempre que eu tenho uma especial adoração por ele.
Claro que a minha cunhada tem a minha adoração também, porque é linda, porque é meiga, porque se ri muito, porque é ingénua, porque se espanta com tudo e tem uma forma muito engraçada de o fazer. Enfim porque é!
E porque são os meus CUNHADINHOS queridos e vão ter o seu bebé eu estou mais feliz que nunca, e porque a avó A. vai continuar sem comer gelados e azeitos (e já lá vão mais de 7 anos)... PARABÉNS tia L.

P.S.: desculpem lá ser longo, mas os meus sobrinhos TODOS merecem um post também.

antes que me esqueça - parte III

A meia do papá está rotada

Mãe põe mais manteiga que eu já lambei esta toda

Agora tenho que por mais popetoi porque senão eu fico vermelha

Tradução:
meia rota
lambi a manteiga
protector solar

Sábado de manhã

Isto para sair de casa:

Ela: mãe, tou gira? - e estica o braço para mostrar a pulseira.
Eu: estás muito gira, sim.
Ela: enquanto lavas os teus dentes eu vou por um bocadinho de baton.
Eu: não me estragues o baton.
Ela: é só um bocadinho.

Põe o baton e um fio.

Ela: mãe eu já me despachei.
Eu: tás liiiiinda filha.
Ela: linda não, eu tou é uma giraça!

Ah pois!!!

-------------------------------------------------------------------

Ela: mãe! porque é que fizeste esta tontice?
Eu: qual?
Ela: esta mãe - e aponta para o portão.
Eu: não vejo nenhuma tontice...
Ela: então porque é que eu não consigo abrir o portão?

(estava fechado à chave)

------------------------------------------------------------------
À vinda do café:

Ela: está aqui um cheiro...
Eu: está?
Ela: di calhai é teu...
Eu: meu? mas cheira-te a quê?
Ela: é um cheiro que é mal.
Eu: e eu cheiro mal?
Ela: não sei, mas eu cheiro bem!

-------------------------------------------------------------------
Já no jardim:

Vizinho: olha a joaninha! Deixas-me andar na tua bicicleta?
Ela: cabes aqui?
Viz: Deixas?
Ela: olha! as bicicletas grandes é que são para os crescidos...

Toma!!!