Palmadas pedagógicas
Li isto aqui e tenho andado a pensar na minha atitude com a minha filha.
A verdade é que a minha filha é super teimosa, sempre foi e provavelmente sempre será.
Por acaso não faz birras, ainda! e espero que não as venha a fazer nunca.
É chata! Persistente! e eu acabo por ceder muitas vezes porque estou vencida pelo cansaço, outras porque me custa ver que ela está triste (mas é chantagem, só), porque chora até esgotar todas as lágrimas (de crocodilo), mas o que é certo é que na maioria das vezes eu saio derrotada.
Há uma coisa que me irrita solenemente, na hora de vestir ou de despir não suporto brincadeiras. Tenho-lhe dito desde o dia em que nasceu. Dizia-lhe enquanto a vestia ainda bebezinha de dias, e fui dizendo sempre, até ela também já saber. Agora só lho digo quando ela começa na brincadeira e aos pulos em cima da cama. Não gosto de brincar nessa altura, nunca gostei e era uma coisa que me fazia confusão ouvir nas outras mães, que os filhos eram insuportáveis para vestir.
Mas as maiores irritações são na hora da refeição, para começar é um castigo, não é todos os dias, mas quase todos, depois demora, quer brincar, ler ou qualquer coisa que a desvie do prato.
E quando quer ajudar a arrumar a casa, lavar ou varrer o chão, lá vem o MAS EU QUERO! que me irrita logo.
Entre várias situações e depois de muitos "mas eu quero", depois de um dia de trabalho, depois de vários disparates, de vários choros, e sei lá mais o quê, é muito complicado não haver uma palmada.
Infelizmente e contra a minha vontade, e razão, porque acho que quando lhe dou uma palmada é porque já perdi completamente a razão, o que é certo é que já lhe dei algumas. Não se entenda como um tareão, mas umas palmadinhas.
Por vezes também acho que as crianças nos testam, e que muitas vezes as atitudes e birras é pela necessidade que têm de atenção, e porque precisam de ser chamadas à razão.
Quantas vezes estamos a ver uma criança a fazer uma asneira e a olhar de relance para a mãe que continua entretida numa conversa, e que vai de vez em quando dizendo "sai daí XX", a criança continua, continua e continua, e quando olha para a mãe para ver se esta a está a ver, o olhar parece dizer "olha pra mim! ralha comigo, não vês que estou a asneirar? dá-me atenção".
Prometo que vou ser mais paciente.
Prometo ser mais razoavel e não dar as tais palmadas pedagógicas.
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