Ontem o primo D. veio dormir a nossa casa.
Apercebi-me (embora não fosse a 1ª vez) do que seria ter 2 filhos.
Quando tiver tempo explico, porque este post é só para reproduzir a conversa deles hoje no carro a caminho de casa da prima S.

Ela: D. és do Sporting ou do Benfica?
Ele: Eu? Humm; humm; humm;
......
...........
Ele: Eu sou do Pingo Doce.
Ela: Ahh!


Eu: Vamos pela marginal para ver as praias, o que acham? Está um lindo dia e deve estar lá muita gente.
Ele: Boa, boa, fixe, vamos à praia.
Eu: Não D. vamos passar ao pé da praia, mas não vamos à praia.
Ele: Porquê?
Eu: Porque não temos fato-de-banho, nem toalhas...
Ela: Nem baldinhos e nem pázinhas, pois não?
Sempre senhora do seu nariz esta minha pitoca.
Ele: Esqueci-me da toalha, que chatice!!


Pela marginal e por causa do calor abri-lhes as janelas, mal pensado (o papis vai já dizer que a mãe nunca prevê as situações para as evitar), mas continuando, vinha a miudagem a contar o nº de praias e a pitoca ao pé do forte perde o chapéu que voa pela janela, vinha na palhaçada, é o que é.

Ela (aos berros): Pára pára pára, o meu chapeuzinho, mãe o meu chapeuzinho.
Eu: Onde está?
Ela: Foi parar ali atrás.
Eu olho pelo espelho e lá vejo o chapéu no meio da estrada a ser atropelado pelos carros que vinham.
Eu: Olha paciência. Tivesses cuidado.
O pranto dela de tal ordem que resolvi não ralhar naquele momento e conversar com ela sobre isso mais tarde. E lá fui dizendo:
Eu: Deixa lá o chapéu. Pronto!
Ela: Mãe ou páras já ou tens que ir dar a volta.
E gritava, chorava.
Eu: Deixa lá a mãe compra-te outro.
Ela: Não quero, quero o meu chapéu, aquele. Dá a volta. Estás a ir embora e agora vão roubar-me o meu chapeuzinho. Nunca mais dás a volta.
Eu olhei pelo espelho e vi-a tão triste, chorosa e de mão na cabeça que resolvi dar a volta.
A viagem foi mais cara que um chapéu novo, de certeza, mas a alegria dela valeu o esforço.

Dois filhos? E com que intervalo?